Criatividde e inovação

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Inovação ou novidade?
Consumidores de produtos inovadores buscam identificação coletiva e muitas vezes levam para casa apenas "novidades".
Martha Terenzzo
Quantos novos produtos você vê todos os dias nas gôndolas de supermercados, nas lojas de rua, shoppings e na internet? Teria a inovação, por meio de um novo produto de consumo, o poder de contaminar a identidade das pessoas como um comunicador silencioso? Olhe ao seu redor e veja como os hábitos de consumo têm sido alterados pela inovação.
Um exemplo é a água engarrafada, que nos anos 1970, era uma ideia estranha e não fazia parte do estilo de vida da maioria das pessoas. Décadas se passaram para que o hábito de comprar algo que se pode conseguir de graça numa torneira fosse aceito por um grande número de pessoas. Hoje o mercado de água engarrafada no Brasil representa aproximadamente U$ 9 bilhões. Isto foi, de fato, inovação.
O Brasil tem mais de 170 milhões de aparelhos celulares com diversas marcas e modelos. Há 20 anos, você sentiria falta desse precioso item de consumo?
Hoje, as diferenças apresentadas pelos lançamentos são quase imperceptíveis. Produtos tecnicamente similares, com benefícios e preços semelhantes, disputam espaços nas gôndolas e mentes das pessoas para conquistar sua preferência. Mas se há uma proliferação de novos produtos, por outro lado, as pesquisas indicam que 80% desses lançamentos tendem a falhar e sair de linha em menos de dois anos.
Um aspecto importante no consumo da inovação é o ato ritualístico das compras de produtos que acontecem, muitas vezes, em pontos como farmácias, supermercados, shoppings e lojas de conveniência, com suas experiências cada vez mais sensoriais.
A inovação, portanto vira um signo, um mito e até uma entidade concreta. Se satisfeitos, podemos comprar novamente o produto. Usamos como referência aos demais consumidores e defensores da marca, que pode ser até mesmo mitificada. Um exemplo é a Apple, que antes de lançar seus produtos anuncia uma grande

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