Credito de carbono

CRÉDITO DE CARBONO

A decomposição de material orgânico gera gás metano. Portanto lixões, aterros controlados e aterros sanitários geram gás metano, que é altamente inflamável. Os aterros sanitários têm sistemas de captação do gás metano que se forma em suas camadas inferiores para evitar incêndios e até mesmo explosões.

Os cientistas estimam que o impacto de uma determinada quantidade de gás metano lançada na atmosfera sobre as mudanças climáticas são muito superiores aos impactos de igual quantidade de óxidos de carbono provenientes da queima de combustíveis fósseis. Por essa razão, o metano alcança um preço cerca de 20 vezes mais alto quando os certificados de controle de suas emissões são vendidos de acordo com as normas estabelecidas pelo Protocolo de Quioto. Os países desenvolvidos têm interesse na compra desses certificados e há anos disponibilizaram recursos financeiros para viabilizar essa compra, objetivando cumprir com as metas estabelecidas pelo Protocolo ao qual aderiram.

O Protocolo de Quioto tem validade até 2012, mas a União Européia já anunciou que pretende prorrogar a sua validade e reduzir ainda mais as emissões de gases causadores das mudanças climáticas. Assim, o gás metano de aterros municipais já existentes e a serem implantados poderão ser vendidos nesse mercado períodos mais longos.

Essa venda depende da captação e queima do gás, que também pode ser usado para gerar eletricidade. A captação do gás deve ser precedida de uma estimativa técnica bem feita das quantidades de gás – já que há uma redução progressiva após o encerramento dos aterros -, bem como de estudos e projetos de engenharia para a implantação dos sistemas. A venda pode ser feita antes, durante, ou depois da implantação do projeto. Nos dois primeiros casos, há um deságio (redução no valor pago ao município) significativo em decorrência dos riscos institucionais, políticos e de engenharia.

Em nenhum caso a venda deve ser feita sem que haja pelo menos uma