Corte de desperdicios

Trabalho de Engenharia de Produção
Parceria reduz desperdício nas confecções

Máquina reduz o desperdício na linha de produção de confecções
A fábrica de lingerie enfrentava um sério problema: o desperdício de elástico usado na fabricação de calcinhas e sutiãs. Quando a costureira passa a peça na máquina, a arrematadeira tem que cortar à mão o elástico. O trabalho atrasa a produção, e por segurança, a ajudante deixa sobrar um pedaço do elástico. “Na correria, a gente não se preocupa com um pedaço de elástico e sim com a qualidade do serviço”, explica a costureira Marli Rodrigues.
Em média, nesse processo, sobram sete centímetros de elástico por peça. Como cada máquina produz 200 peças por dia, são mais ou menos 14 metros de elástico desperdiçados por hora. Agora, multiplique esta quantidade pelas 112 máquinas de costura da fábrica: é muito elástico jogado fora.
A empresária Ingrid Torchio calcula que perde mais de 10 mil metros de elástico por dia. O gasto mensal desnecessário é de R$ 1.260. Ela identifica mais um problema: a dificuldade de encontrar mão de obra no mercado para fazer os cortes no elástico. “Na verdade, são poucas pessoas que a gente encontra na área com experiência. A gente acaba contratando pessoas e formando profissionais para trabalhar nesta área da costura”, diz a empresária.
Ingrid chamou o mecânico de manutenção Jorge Fachinelli e propôs uma parceria. O técnico tentaria resolver o problema usando as máquinas da fábrica para testes. “Fiz uma pesquisa, algumas viagens, participei de algumas feiras, e vi que no mercado não havia nada igual. Então, comecei a desenvolver esse produto”, conta o mecânico.
Jorge Fachinelli levou um ano e meio em testes. Era preciso criar um sistema automático e eficiente para fazer os cortes no elástico. Depois de muita pesquisa, ele chegou ao equipamento: um kit com sensor e guilhotina. A costureira não precisa se preocupar, o equipamento faz tudo sozinho. “Quando a costureira coloca o tecido na máquina e