Corrupção

O intertexto midiático: ficção seriada televisiva e adaptação de obras literárias: as ideias no fluxo das mídias

Na sociedade atual, as pessoas tendem a se comunicar utilizando plataformas digitais, o que influencia no afastamento físico dos usuários desses meios de comunicação. Dos vários modelos disponíveis, a televisão é um dos mais usados para dimunir o contato com a sociedade. Os canais de comunicação se tornaram os responsáveis por nutrir informações em todas escalas, desde a previsão do tempo até políticas economicas. Pelo fato da televisão ser um meio de propagação de valores e ideias tao fortes no Brasil, a literatura foi sendo adaptada para um formato televisivo. Na intenção de disseminar a cultura intrínseca nos livros, alguns autores transformaram obras literárias em novelas e seriados, trazendo um texto mais lúdico e com maior empatia. Um caso da transformação de telespectadores em leitores foi através de Gabriela, de Jorge Amado. O autor passou a ser conhecido em diversas classes da população ao ter sua obra adaptada para a televisão.

“Quanto à popularização do acesso, como apontam Martín-Barbero e Rey (2004), a princípio, a adaptação de obras literárias para a TV era tida principalmente como uma forma de divulgar, ao grande público, obras e autores consagrados. Mesmo que no início fosse cobrada certa fidelidade da estrutura temática e narrativa do audiovisual para com a “obra original”, com o desenvolvimento de uma linguagem própria do meio de comunicação e de gêneros televisivos com morfologias e modelos de mundo estandardizados, a relação dos produtos televisivos com as obras literárias tornou-se mais complexa e multifacetada. Ainda quando há muita proximidade entre as duas obras, o aproveitamento temático sofre intervenções das convenções estabelecidas e da linguagem do meio e do gênero, o mesmo ocorrendo com a estrutura narrativa e a maneira de propor a história.” (NAGAMINI, 2004).

As adaptações de livros