corporedade

353 palavras 2 páginas
Corporeidade na modernidade

Max Roger, Gabriel

A atual sociedade imprime ao corpo uma visão de uso e de desfrute. Com o passar dos anos, aquela compreensão presente em algumas civilizações antigas, do corpo como mistério inviolável, “jardim fechado”, coisa do pecado foi perdendo o lugar para o conceito moderno de corpo como objeto “aberto”, devassável, fragmentado, com necessidade de ser visto, de ser notado, vendido, incorporado a mercadoria e valor de um sistema que prioriza as aparências na contra mão das essenciais.
Progressivamente as tecnologias contemporâneas estão a serviço, modificam e potencializam o corpo. Tornou-se urgente que cada um promova incessantemente melhorias e renovações na superfície e na interioridade do seu corpo (Edivaldo Souza Couto, 2007, s/p).
Hoje, no mundo contemporâneo, em detrimento dos avanços da medicina e da necessidade de manter-se sempre jovem, lindo, promove o culto ao corpo perfeito, faz-se ginástica, cirurgias, coloca-se prótese, usam-se os instrumentos para modificar o corpo, dar forma, mudar a anatomia de acordo com os padrões de beleza promovidos pelo mercado ou do apelo deste. Mutilam-se corpos, muta-se corpos, transformando o individuo em outro individuo. Ao transformá-lo externamente, também se modificam internamente (psicologicamente), o individuo incorpora valores, sentimentos e emoções que até então não era possível pela aparência natural.
Partindo da compreensão integrada da corporeidade, o corpo que conjuga a dimensão biológica e mental co-habita e coexiste no mesmo corpo, no mesmo ser. A reflexão que propomos rumo o corpo como referencial do ser humano com o mundo. É por meio do corpo que o ser humano existe e se relaciona com os demais. No corpo se imprime as marcas da existência, da cultura, da sociedade. Ele é o primeiro e mais natural instrumento do homem, por isso, os antigos filósofos já propagavam “corpo são, mente sã.”.

Bibliografia
GOELLER, S.V., A construção do corpo. In:

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