Coronelismo e politica
“Um modelo, em verdade, fruto do velho coronelismo, enxada e voto, ou atualizando a tese de Vitor Nunes Leal, do mandonismo, curral e mídia eletrônica” foi assim que Carlos Guilherme Mota, em artigo publicado com o título: A metástase da mediocridade descreveu o “novo”, ou quem sabe não tão “novo”, modelo político brasileiro. As práticas do coronelismo, sistema político definido por Leal, teve seu início e fim na República Velha, todavia ainda é possível ver a pugência deste na atualidade. Encontramos, ainda hoje, no panorama político brasileiro traços de uma política que tem por finalidade manter as grandes oligarquias no comando político. Em seu artigo Mota coloca que o ex- presidente Lula “teve o mérito de levantar um nome sério para disputar a Prefeitura paulista”. O professor e mestre em filosófica política, Milton Luís, pensa que “os partidos políticos brasileiros nasceram com a noção de currais eleitorais, ou seja, grupos de controle e de hegemonia do poder marcados exatamente por causa da conservação do poder entendido até como hereditário”. Dando continuidade a essa leitura dos traços políticos característicos da República Velha ainda presentes, podemos destacar a compra de votos que hoje já não acontece da mesma forma como no passado, mas que não deixou de existir. Ela acontece de uma forma mais disfarçada nas políticas eleitoreiras, ou seja, na doação de cestas básicas, leite, pão, remédio, e principalmente na troca com empregos, casa própria, contratos, financiamentos, subsídios e outros favores para enriquecimento próprio e da parentela. E o que podemos dizer do filhotismo praticado pelos antigos coronéis, que se perpetua ainda por intermédio da indicação de cargos e empregos aos membros da família e aos correligionários, objetivando a manutenção de uma ampla rede de clientelismo e a garantia do domínio da máquina estatal, utilizada para campanha política. Outro aspecto ainda