Copérnico e os selvagens

I. Copérnico e os selvagens O autor começa seu texto com o seguinte questionamento: "Pode-se questionar seriamente a propósito do poder?". Além de citar Nietzsche, coloca que além do campo de reflexão, os estudos científicos devem se expandir através de novos temas em Antropologia Social com o objetivo de entender a problemática do poder: " é antes um indício de um modo espontâneo, inerente à nossa cultura e portanto muito tradicional de apreender as relações políticas tal como elas se ligam em outras culturas." A partir de então se faz necessário o estudo da Antropologia Política " mensurando os resultados e refletindo sobre a natureza do poder, sobre suas origens" de acordo com os contextos histórico e social de onde ele se exerce. O Filósofo e autor J. W. Lapierre não restringe seus estudos apenas às sociedades humanas e faz reflexões sobre a Sociologia Animal e a Etnologia. J. W. Lapierre questiona as relações do poder político e se pergunta: "se esse fato humano responde a uma necessidade vital, se ele se desenvolve a partir de um enraizamento biológico - se o poder encontra seu ligar de nascimento e a sua razão de ser na natureza e não na cultura". Contrapondo esse questionamento outros estudos apresentaram a seguinte resposta: "O exame crítico dos conhecimentos adquiridos sobre os fenômenos sociais entre os animais e especialmente sobre o seu processo de auto-regulação social nos mostrou a ausência de qualquer forma, mesmo embrionária, de poder político..." É introduzido o "estudo das formas arcaicas do poder político nas sociedades humanas - poder entre os selvagens" visando estudar então campos das ciências da cultura e história. As diferenças das sociedades primitivas e as comparações com um horizonte não-arcaico "sobre o qual se desenha a figura do poder político em nossa cultura", que são consideradas no texto são exemplos de outras sociedades na África, nas três Américas, na Oceania, na Sibéria, etc. As sociedades "arcaicas" não possuem