Controle interno - questões

1. “Há uma característica comum a todos os órgãos empresariais que realizam o controle interno: estão voltados a fazer com que a organização atinja seus objetivos e garanta a sua continuidade, acompanhando e analisando a gestão dos recursos e dos riscos feita pelos gestores”. (Enriquez, E., A Organização em Análise, Editora Vozes, 2000). Outros autores disseram: “As crises são eventos e circunstâncias dramáticas de risco, que podem fazer com que as operações de uma empresa entrem em colapso e podem fazer com que seja impossível dar continuidade às suas atividades. O controle preventivo das crises e dos riscos que podem levar a elas é uma natural extensão da tarefa do controle geral dos riscos de uma organização e uma das principais funções de sua governança” (“A primer for crisis management”, Melanie L Herman & Barbara B Oliver, Risk Management (revista), Jan/2002). Sobre a GM: “É inegável que a GM, a empresa mais representativa do setor automobilístico mundial está em profunda crise, da qual dificilmente poderá sair sem o auxílio das autoridades governamentais americanas” (The Economist, 15/01/09, print edition). “As crises empresariais são indicativas de fracassos de governança corporativa e de controles internos” (Internal Control: a Review of Recent Developments, Internal Federation of Accountants, 2009)

Questões: (a) Após tantos colapsos empresariais recentes, alguns dos quais no próprio setor automobilístico, é importante questionar os controles internos: eles são eficazes? Eles efetivamente atingem seus propósitos de “garantir a continuidade empresarial”, fazendo, inclusive, o “controle preventivo dos riscos”? (b) Numa empresa normal, eles teriam condições de fazer tal função, ou, como muitos pensam, eles seriam apenas onerosos expedientes burocráticos “voltados à miuçalha dos processos do quarto escalão empresarial, sem qualquer serventia no que se refere às grandes estratégias, que é o que de fato influenciam os resultados”?

Questão a )