contrato social

O contrato social Jean-Jacques Rousseau foi um grande intelectual, em parte, produto do final do século XVIII, período também conhecido como iluminismo, e personificação da filosofia continental europeia da época. Na época, o ambiente da político na França estava agitado. Os pensadores iluministas franceses e ingleses tinham começado a questionar a igreja e a aristocracia e defendiam uma ideia de reforma social. Rousseau explica a natureza inicial dos homens e defende a ideia de que a sociedade civil é quem induz o homem a um estado selvagem cheio de desigualdades e injustiças. Para ele, o homem num estado de natureza é fundamentalmente bom, mas por estarmos em um estado selvagem, com leis impostas por proprietários sobre aqueles que não tinham propriedade. Isso mostra uma necessidade de formar um contrato que irá conduzir a relação de soberania e poder entre os homens, que atenda a vontade geral.
Rousseau esclarece em seu contrato social uma concepção ideal de sociedade civil, governada não por poderosos aristocratas, monarquia e igreja, mas por todas as pessoas; que participariam da formulação das leis. Ele imaginou o corpo de cidadãos atuando como uma união, prescrevendo leis de acordo com a vontade geral.
O contrato social proposto por Rousseau seria, assim, o amadurecimento da humanidade, em outras palavras, o momento em que todos os indivíduos estariam exercendo plenamente sua racionalidade, portanto, sua liberdade. Seguindo esta perspectiva, podemos afirmar que o fundamento do contrato social rousseauniano é garantir as bases para a boa vida dos homens não somente como indivíduos, mas também o coletivo, o bem estar social. Ao descrever a obra, podemos observar que o autor caracteriza o povo como sendo súdito e soberano, fundando, assim, uma relação recíproca entre o governo e o povo, na qual existem relações de direitos e de obrigações. Os indivíduos devem, dessa forma, sujeitar-se às leis, pois somente assim estão aptos para conquistarem a liberdade