Contos fantásticos

A flor do cemitério
Numa escola distante do centro da cidade estudava a jovem Carol. Garota dedicada que de uns tempos para cá saia da escola e passava no cemitério que ficava nas proximidades de sua casa.
Tudo começou quando ela resolveu passar uma tarde lá, dentro do cemitério. Sozinha e com um único objetivo. Ficar sentada nos túmulos e ler um livro que estava em sua mochila.
O dia ensolarado e o sol raiando em plenitude. Tudo estava limpo. Os túmulos, as flores ali enfeitando a terra vermelha e gramas rodeando os pequenos canteiros felicitando os mortos.
O silêncio permanecia, pois nenhuma pessoa passeava por ali naquela tarde. Somente a presença viva de
Carol e seus pensamentos divagavam observando o jardim de plantações
Coloridas e singelas, como é a vida.
O livro aberto era passatempo. Folheava-o de trás para frente só para ver o movimento das folhas e das letras. Cansou de manuseá-lo daquele jeito e resolveu fechar e abrir os olhos para ver o que acontecia. O texto no qual deparou foi com o conto de Edgar Allan Poe, O gato preto. Começou a lê-lo, afinal, era aquela página que tinha escolhido por acaso, como se faz quando quer ouvir uma mensagem da bíblia.
Logo no primeiro parágrafo do texto quando o narrador vai dialogando com seu leitor o tempo real muda.
As nuvens gigantescas se cruzam no céu e o sol se esconde por trás delas. O vento que até então estava parado passou a movimentar em ondas de calafrios que meu corpo sentia. Até seus cabelos arrepiaram e seu corpo já tomavam ondas de vento que subiam até dentro do seu coração.
Ao lado do túmulo em que estava sentada Carol tinha uma linda rosa.
- Provavelmente um parente daquele que estava enterrado ali. Pensou Carol, pois a rosa estava esplêndida cheia de vida.
Resolveu imediatamente sair do local, mas pegou aquela rosa e a levou consigo.
Chegou em casa, mais cedo que de costume, sentou-se no sofá da sala e sentiu o silêncio da, pois seus estava trabalhando.
De repente, o telefone tocou.
Carol não atende.