contexto internacional da Guerra Colonial

Contexto Internacional

Internacionalmente, a questão das colónias ganhou dimensão aquando da entrada do nosso país na ONU, em 1955. Portugal recusou-se de imediato a admitir que as disposições da Carta das Nações Unidas relativamente á administração de “territórios não autónomos” lhe fossem aplicadas, argumentando obviamente que não eram colónias mas sim províncias ultramarinas, que faziam parte integrante do território português. Obviamente que, por pressão dos países do Terceiro Mundo, o debate sobre as colónias portuguesas rapidamente se alastrou ,tendo assim a Assembleia-Geral concluído que os territórios eram de fato, colónias. Seria esta então a primeira de uma série de derrotas que progressivamente foram isolando os portugueses e que foi intensificada na década de 60 com o início da guerra colonial.

Em 1961,ano em que se inicia a guerra em Angola, Portugal esteve particularmente em foco nas Nações Unidas acabando mesmo por ter sido condenado devido ao não cumprimento dos princípios da Carta. Estas condenações foram se repetindo com vários apelos para que Portugal reconhecesse, de uma vez por todas, o direito á autodeterminação desses povos, mas Salazar não o fez, respondendo até ”Angola é uma criação portuguesa e não existe sem Portugal.Moçambique só é Moçambique porque é Portugal” e com isto conduziu inevitavelmente ao desprestígio do nosso país que foi assim excluído de vários organismos das Nações Unidas, como o Conselho Económico e Social.
Para além destas dificuldades que foram colocadas pela ONU, Portugal viu-se ainda, no início dos anos 60,com a hostilidade da administração Americana, sobretudo durante a “era Kennedy”, pois os Americanos mostravam-se convictos que o prolongar da guerra estaria a favor dos interesses Soviéticos já que afastava os estados africanos de Portugal e automaticamente dos seus aliados da NATO.
Sendo assim, não só financiaram alguns grupos nacionalistas (exemplo da UPA em Angola) como propuseram inúmeros planos de