Contabilidade Social

Introdução

A Contabilidade Social é um sistema contábil que permite a avaliação da atividade econômica em um determinado período em seus múltiplos aspectos. O seu surgimento se deve à necessidade dos países de obter estatísticas econômicas, comparáveis e sistemáticas, para orientar tomada de decisões, tanto na esfera pública como na privada. Essa necessidade só foi realmente suprida a partir da obra teórica de Keynes, que passou a definir o que medir em nível agregado e como fazê-lo. A partir de Keynes, foram criados fundamentos da macroeconomia moderna, deslocando o foco dos estudos econômicos de uma visão microeconômica para uma macroeconômica. Assim, surgiu a capacidade de explicar acontecimentos que revelam os comportamentos e os desdobramentos dos agregados econômicos. Para mensurar e organizar de forma sistêmica, fazendo com que se ressaltem as a lógica do sistema como um todo, a contabilidade social passou a se desenvolver em conjunto à macroeconomia. Dessa união, surgiu, principalmente, o Sistema de Contas Nacionais, que consiste em uma sequência de contas de fluxos inter-relacionadas, mostrando as relações entre as economias e o resto do mundo. O exemplo principal do Sistema de Contas Nacionais é o Produto Interno Bruto - PIB - que é utilizado para medir a trajetória de crescimento econômico de um país ou comparar internacionalmente, juntamente com a teoria econômica, porque alguns países são mais ricos ou porque crescem mais rápido.

A Contabilidade Social

O nascimento da Contabilidade Social dependeu do desenvolvimento dos estudos macroeconômicos, que nem sempre foram o foco das escolas econômicas. Já no início dos estudos econômicos no século XVIII havia a preocupação de estudar os funcionamentos da economia sob a forma de agregados nos estudos de Adam Smith, David Ricardo e John Stuart Mill. Houve também a colaboração, nos primórdios da economia, de Jean Baptiste Say, que estudou os aspectos de interdependência e identidade das