Constantinopla

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Bizâncio, Brasil e as Especiarias.
Durante muito tempo, o pouco que havia sido ensinado nas escolas brasileiras sobre Bizâncio era uma suposta ligação entre a Queda de Constantinopla aos turcos otomanos, em 1453, e o início das Grandes Navegações Lusitanas, que resultaram no “achamento” do Brasil em 1500. Segundo essas explicações, ao tomarem Constantinopla, os otomanos fecharam os mercados dessa cidade, que sempre foi uma ligação mercantil e cultural com entre Europa e Ásia, aos mercadores cristãos. Portanto, querendo estabelecer uma nova rota de acesso aos produtos exóticos do Oriente, os portugueses lançaram-se ao mar em direção às Índias e uma dessas missões, liderada por Pedro Álvares Cabral, aportou na nossa costa.

"Cerco a Constantinopla" pintado em 1499.
Essa explicação tem muitas falhas. Primeiro, os Otomanos não eram estúpidos. Além da importância simbólica de Constantinopla, por ser um grande centro cristão, o que motivou os turcos a tomar essa cidade foi sua importância econômica. Eles estavam ansiosos em tirar proveito da posição geográfica favorecida de Constantinopla. Tanto que dias depois da tomada, o sultão Maomé II firmou tratados com as repúblicas italianas, grandes articuladores do comércio no mediterrâneo e praticamente donos dos bazares da cidade, para a continuação do lucrativo comercio. Mesmo que os otomanos não dessem importância ao comércio, fechar os mercados de Constantinopla aos europeus nunca seria uma opção, pois essa cidade não era mais um centro manufatureiro. Já havia sido nos tempos em que a autoridade imperial bizantina tinha forte prestígio e as oficinas imperiais de Constantinopla podiam manter monopólios de algumas produções como a de seda, cuja qualidade e sofisticação eram admiradas e cobiçadas por boa parte do mundo. No entanto, no período anterior a tomada pelos turcos, Constantinopla havia diminuído de importância e população, suas oficinas não conseguiam mais competir com as de outras partes e a riqueza e

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