conservação
Escola de Belas Artes
Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis
Fernando Alvarenga Cardoso Coelho
“9. Conservar após a restauração: Explicar como podemos agir de forma a conserva a obra e evitar novos processos de restauração“
A importância da conservação de objetos artísticos está na sobrevivência, através dos tempos, de conceitos, ideologias, pensamentos, representações da história ou da sociedade, intenções, experimentações, materiais, técnicas. É a garantia da permanência não só da obra, mas de todo passado intangível relacionado a ela. Por não intervir diretamente na obra, a conservação preventiva é a forma mais benéfica de manter obras de arte com grande valor histórico-cultural, sem precisar de grandes intervenções, preservando-se as características originais da obra por muito mais tempo e agregando valor ao objeto.
Atualmente um dos principais desafios no campo da conservação preventiva dos materiais constitutivos de acervos museológicos é o controle da deterioração química, danos mecânicos e a biodeterioração. Podem-se citar os seguintes fatores externos:
Físicos: temperatura, umidade relativa do ar, luz natural ou artificial;
Químicos: poeira, poluentes atmosféricos e o contato com outros materiais instáveis quimicamente;
Biológicos: micro-organismos, insetos, roedores e outros animais;
Antrópicos: manuseio, armazenamento e exposição incorreta, intervenção inadequada, vandalismo e roubo;
Catástrofes: inundações, terremotos, furacões, incêndios e guerras.
Portanto, devemos seguir diversos procedimentos simples que visam minimizar ao máximo os danos aos objetos:
1-A umidade, direta ou indireta, provoca diversos danos, como dilatação do suporte, enfraquecimento da camada pictórica, surgimento de insetos e outros agentes biológicos. O aparecimento de fungos é causa direta da umidade e, esse problema, só se torna visível quando surgem manchas, exigindo um processo de