Confissões de um perna-de-pau

336 palavras 2 páginas
É assim que eu vejo!
* Por Nelson Pagno Moreira

Confissões de um perna-de-pau Nunca tive o dom para ser um jogador, muito menos preparo, talvez por isso, nunca fui obcecado, mas tenho certeza, gosto muito de futebol. Inesquecível para mim, foi quando tive a oportunidade de presenciar momentos que antecedem uma partida de futebol. Mágico e apaixonante foi a energia transmitida, juntamente com a vibração, nos eternos cinco minutos que duram a oração com os atletas pedindo somente a proteção deles – e dos adversários. Quem viveu ou vive isso sabe muito bem o que estou falando. Senti meu coração na boca quando o capitão e camisa quatro com um grito ensurdecedor exclamou “Um por todos!” e os demais “Todos por um!”. Imaginem vocês se para mim aqueles momentos foram até então os mais emocionantes de minha vida. Até hoje, quando estou num vestiário antes de uma partida, seja lá a trabalho, informando, como treinador ou até mesmo pelo simples fato de lá estar, tenho a sensação de algo como se fosse a vez primeira. Isso tudo muitas vezes ficando ali fora das quatro linhas. Imagino eu qual seria a emoção de um camisa nove ovacionado pela torcida, gritando seu nome, colocando neste ser mortal toda a fé e esperança de milhares de pessoas. O número tanto faz, porque na verdade, eu só queria sentir a emoção, pelo menos por uma só oportunidade. Certeza absoluta pensar que muitos quiseram viver estes momentos. Outros o viveram felizes e abençoados por Deus.
Talvez estes salários inimagináveis que vemos no mundo da bola, existam por causa de loucos como eu, que são apaixonados por este esporte que é o mais popular do planeta. Mas como diz um poeta da bola amigo meu à seus comandados: “Querem moleza, fiquem em casa comendo pudim”. Eu como um mero perna-de-pau, me satisfaço vivendo somente nos bastidores

Março de 2011

* Nelson Pagno Moreira é agente controlador profissional de vetores e pragas urbanas em cascavel Paraná.
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