Concepções de Leitura
Com base na concepção de que texto é lugar de interação de sujeitos sociais, os quais se constituem e são constituídos, dialogicamente, por meio do texto, Koch & Elias (2006) apresentam, de uma forma objetiva e didática, as estratégias utilizadas pelo leitor no processo de leitura e construção de sentidos. Nessa concepção os sujeitos são vistos como atores/construtores sociais. As autoras discutem as concepções de sujeito, língua e texto que estão na base das diferentes formas de se conceber a leitura. Situam-se na concepção interacional e dialógica da língua, compreendendo os sujeitos como construtores sociais, que mutuamente se constroem e são construídos por meio do texto, considerado o lugar por excelência da constituição dos interlocutores. A leitura, nesse âmbito, é entendida como atividade interativa de construção de sentidos. Para isso, ressalta-se o papel do leitor enquanto construtor do sentido do texto, que, no processo de leitura, lança mão de estratégias como seleção, antecipação, inferência e verificação, além de ativar seu conhecimento de mundo, na construção de uma das leituras possíveis, já que um mesmo texto admite uma pluralidade de leituras e sentidos. A leitura, além do conhecimento lingüístico compartilhado pelos interlocutores, exige que o leitor, no ato da leitura, mobilize estratégias de ordem lingüística e de ordem cognitivo-discursiva.
KOCH, Ingedore Villaça & ELIAS, Vanda Maria. (2006). Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto.
Texto Complementar:
As mãos que empunham o texto: por uma leitura significativa Maria Lúcia Moreira Gomes
A leitura parece ser um simples detalhe no meio educacional, uma necessidade intrínseca ao ato de estudar e aprender. Talvez seja esta banalização da leitura que tenha feito dela um ato mecânico e desprovido de qualquer sentido, ou seja, desprovido do verdadeiro sentido que uma