Conceito/ classificação educacional da deficiência visual
Do ponto de vista educacional, adotou-se uma atitude filosófica de uso da visão residual, com abordagem adequada à classificação da deficiência visual, isto porque os estudos e pesquisas, sobretudo aqueles realizados por Barraga, que chegaram ao Brasil em 1977, comprovam que: a capacidade de ver não é inata, mas depende de habilidades aprendidas em cada estágio do desenvolvimento; a eficiência visual não depende diretamente da acuidade visual, pois o uso e a estimulação da visão residual podem levar à sua melhor utilização; a experiência educacional mostrou que existe um número significativo de educandos com acuidade visual inferior a 0,1 (Escala Optométrica Decimal de Snellen) com visão subnormal que permite utilização e desenvolvimento.
Segundo a Dra. Eleanor Faye (1970) e a Dra. Natalie C. Barraga (1976), considera-se deficientes da visão:
➢ Cegos: educandos que apresentam a ausência total da visão até a perda de projeção de luz. Estes educandos utilizam o sistema braille como principal método de comunicação no processo ensino/aprendizagem, e não utilizam a visão para a aquisição de conhecimentos, mesmo que a percepção de luz os auxilie na orientação e mobilidade.
➢ Visão Subnormal: educandos que apresentam desde condições de indicar projeção de luz até o grau em que a redução de sua acuidade visual limite o seu desempenho. Estes educandos incluem dois grupos:
• Aqueles que podem ver objetos a poucos centímetros (2 ou 3 cm) e utilizam a visão para ler e escrever, com ou sem auxílios ópticos, e outros precisam complementar essas atividades utilizando o sistema braille.
• Aqueles que em algum grau estão limitados no uso de sua visão, mas utilizam-na, porém, predominantemente no processo ensino/aprendizagem, necessitando muitas vezes de iluminação especial, auxílios ópticos,