comunicação

Para compreender a comunicação, entende-se como necessário estabelecer uma breve delimitação histórica da existência desse processo na sociedade, visto que se trata de um processo tão antigo quanto a civilização. De acordo com Argenti (2006), “na Grécia antiga, a disciplina que hoje chamamos de comunicação era a então retórica, o uso da linguagem para persuadir os ouvintes a fazer algo”. Segundo o autor, Aristóteles é um dos principais responsáveis por disseminar a ideia da retórica como uma arte e por produzir os primeiros estudos acerca do tema, abordado no livro A Arte da Retórica.

É partindo dessa máxima e atribuindo à comunicação o potencial de um poderoso instrumento de transformação e persuasão e validando sua significativa importância para a humanidade que o autor Gaudêncio Torquato, no livro Tratado de Comunicação Organizacional e Política (2011) destaca que:
A comunicação exerce um formidável poder. Por meio da comunicação: 1- Uma pessoa convence, persuade, atrai, muda ideias, influencia, gera atitudes, desperta sentimento, provoca expectativas e induz comportamento. 2- Uma organização estabelece uma tipologia de consentimento, formando congruência, enqualização, homogeneização de ideias, integração de propósitos.

A palavra comunicação deriva do latim communis, que remete à ideia de comunhão, ou tornar comum. Duarte (2003) vem fundamentar esse significado quando afirma que “(...) temos então um núcleo de ideias que se associam formando um conceito: pertinente a muitos, comungar, tornar comum, (...) estar em relação e ação que se associam no macro conceito chamado comunicação.”

Pensar a comunicação implica, portanto, pensar nas relações humanas, no convívio, na interação social, naquilo que é compartilhado por duas ou mais pessoas. De todas as correntes de estudos e dentre diversas teorias acerca do tema, uma premissa é consensual: a comunicação é um processo inerente a qualquer sociedade.

Casagrande (apud Angeloni, 2010), buscando significar