Computa O
Em natação pura desportiva o tempo total de nado é composto pelo somatório de três parciais: tempo de partida, tempo de nado e tempo de viragem (Guimarães & Hay, 1985). Podemos assim verificar que o deslize subaquático após as partidas e viragens assume uma elevada influência no rendimento final de uma prova de natação (Vilas-Boas et al., 2010). Desta forma, o estudo do escoamento do fluido existente em redor do nadador durante as duas fases referidas (partidas e viragens) parece ser importante para que possa haver uma melhoria na performance. Relativamente às partidas, mas, com aplicação também nas viragens, alguns autores (Cossor & Mason, 2001; VilasBoas, Cruz, Sousa, Conceição, & Carvalho, 2000) sugerem mesmo que, mais importante do que a posição de partida adoptada pelo nadador, é o seu alinhamento corporal na fase de deslize que vai determinar o sucesso na partida. Para permitir uma melhor performance, o nadador deverá minimizar o arrasto hidrodinâmico (não sendo excepção, as fases de partida e viragem) devendo adoptar uma posição o mais hidrodinâmica possível (Barbosa, Keskinen, & Vilas-Boas, 2006). Tratando-se de um meio aquático, encontraremos três tipos de forças de arrasto hidrodinâmico (D), as quais se caracterizam por se oporem ao movimento do nadador: i) arrasto de fricção, ii) arrasto de forma ou pressão, e iii) arrasto de onda (Polidori, Taiar, Fohanno, Mai, & Lodini, 2006; Toussaint et al., 2002). Vários autores (Lyttle, Blanksby, Elliot, & Lloyd, 2000; Marinho et al., 2009) sugerem que uma forma de minimizar o arrasto hidrodinâmico passa por aumentar a profundidade do deslize subaquático, uma vez que a contribuição da componente de arrasto de onda parece diminuir quando os nadadores efectuam o seu deslocamento a maiores profundidades. A determinação do arrasto passivo durante o movimento subaquático em posição hidrodinâmica foi efectuada, recorrendo a métodos