Complemento Futurista

Futurismo Literário Surgido na Europa na primeira década do século XX, o Futurismo teve grande força na literatura, pois fazia uma ruptura com o passado. Suas poesias, como o próprio nome já diz, glorificavam o futuro e a modernidade das fábricas, automóveis e aeroplanos. Exaltavam o presente, a civilização industrial, a força, o ativismo, a guerra, a violência, as máquinas e o desprezo pelas tradições morais e literárias. O responsável de tornar o Futurismo polêmico em todo mundo foi Filippo Tommaso Marinetti, que publicou no Le Fígaro mais de trinta manifestos que assim definiram o movimento. Em todos, propunha a aniquilação total do passado, o fascínio pela guerra e a veneração da vida moderna e suas novas tecnologias. O lema do Futurismo era a Liberdade da Palavra e de acordo com o manifesto almejavam eles destruir a sintaxe. Pretendiam defender o uso do verbo no infinito e abolir advérbios e adjetivos, assim, acompanhar cada substantivo de outro com função de adjetivo. Pretendiam buscar analogia cada vez mais simples e suprimir a pontuação. Abaixo segue os principais postulados que caracterizavam o Futurismo:
-Nós queremos cantar amor ao perigo, o hábito à energia e á temeridade.
-Os elementos essenciais da nossa poesia serão a coram, a audácia e a revolta
-Nós queremos a abominação do passado
-Nós queremos exaltar a agressividade, a insônia febril, o salto perigoso, a bofetada e o soco.
-Nós queremos glorificar a guerra –única higiene do mundo – o militarismo, o patriotismo e as belas ideias que matam.
-O emprego do verbo no infinitivo, para que adapte elasticamente ao substantivo e não submeta o “eu” do escritor que observa ou imagina. O verbo no infinito pode, sozinho, dar o sentido de continuidade da vida e elasticidade da intuição que a percebe.
-A abolição do advérbio, velha fivela que une as palavras umas às outras. O advérbio conserva a frase numa fastidiosa unidade de tom.
-A abolição da pontuação e a supressão dos elementos de comparação.