"Competências curriculares: as práticas ocultas nos discursos das reformas".
INTRODUÇÃO
Exploraremos neste texto as diversas questões relativas à organização do conhecimento e ao modelo da gestão do currículo.
COMPETÊNCIA E OBJETIVO
Competência-"capacidade, poder de apreciar ou resolver dado assunto." Objetivo-"resultado que se pretende alcançar". Competência indica o que é necessário para percorrer um dado caminho e objetivo precisa o resultado que deve ser alcançados no final desse mesmo caminho. A existência de uma teoria única do currículo é algo que fica enredado numa visão tradicional, uma vez que a intituição escolar não se limita a associar objeto, sujeito e transmissão. As teorias curriculares são, por isso mesmo, percursos de legitimação do conhecimento, tanto na natureza da sua seleção, quanto nas formas de organizar. Competência e objetivo dizem respeito a formas de ordenação do conhecimento ou a critérios para a seleção de estratégias que fundamentam a organização do processo ensino/aprendizagem, que têm em comum uma visão do culto da eficiência e uma noção instrumental de currículo.
A CIRCULARIDADE DO DISCURSO CURRICULAR
Parafraseando Lawn, afirma que, o discurso é constantemente circular, sobretudo se atendermos ao fato de que as decisões curriculares têm obedecido a uma estrutura invariante em termos de seleção e organização do conhecimento. Quer dizer então que o saber- fazer cognitivo do aprendente está dependente do contexto que lhe exige o habitus de agir em função dos problemas e situações a que se reporta. Amesma situação se verifica no mundo do trabalho, não sendo de estranhar que tenha sido a lógica empresarial, ligada à qualidade, ao desempenho e à mobilização de recursos, a trazer para o interior da escola a noção de competência. Os discursos sobre as reformas curriculares em curso, convertidas em pseudo-inovações porque seriam mais da iniciativa dos atores que fazem parte da