Competência Literária

A investigação tem demonstrado a mais-valia que representa fomentar, desde uma idade precoce, a aquisição de uma competência literária.

“Aquilo que somos e fazemos nos dias de hoje, refletir-se-á no nosso amanhã e no nosso futuro”, ora se assim é, “Aquilo que ajudarmos alguém a fazer nos dias de hoje, refletir-se-á no seu amanhã e no seu futuro”. Optei por começar o meu comentário com estas expressões, pois considero o trabalho de um professor/educador extremamente importante no crescimento e no desenvolvimento de uma criança.
No que diz respeito á temática do comentário, o desenvolvimento precoce de uma competência literária numa criança será algo pertinente quando pensarmos no seu futuro para além do seu percurso escolar. Se ajudarmos a criança a ter hábitos de leitura periódica, mesma que a criança não cumpra o percurso escolar completo, terá sempre hábitos regulares de leitura, que contribuirão para o seu desenvolvimento cultural e intelectual, para obter novos conhecimentos, para olhar o mundo de diferentes formas e para alargar os seus horizontes (F. Azevedo, 2008). Tudo isto pode tomar o aspeto de uma rede ou de uma cadeia, pois se conseguirmos fomentar a aquisição de uma competência literária em alguém, esse mesmo alguém pode, mais tarde, vir a fomentar essa mesma competência literária noutro alguém e assim sucessivamente.
A importância que atribuo ao papel do professor, é visível na medida em que ele é considerado o primeiro livro com que a criança contacta e é através dele que ela será incitada a descobrir outros (F. Azevedo, 2002).
Em termos de contextos nos quais o desenvolvimento de comunidades leitoras seja mais pertinente, penso que desde o berçário é possível trabalhar tal processo com o propósito de seguir esse trabalho nos contextos subsequentes. É lógico que nos contextos de pré-escolaridade, a comunidade leitora teria uma única figura de leitura, o/a educador/a, mas as crianças já seriam membros ativos dessa comunidade enquanto ouvintes