Comentário do filme: quando tudo começa

GESTÃO EDUCACIONAL
FILME: “Quando tudo Começa”
Autor: Bertand Tavernier
Ano: 1990

O filme narra o drama de um professor, do Jardim da infância, de uma Escola Pública, situada em Hernaing, uma pequena cidade francesa que sofre com o fechamento das minas de carvão, sua principal fonte de economia, deixando sem emprego diversas famílias, inclusive os pais de alunos desta escola.

A taxa de desemprego chega perto dos 35%, provocando um colapso na economia francesa e com isso desarticulando os órgãos de governo, os ministérios, os setores públicos de atendimento às famílias, em particular, a educação. O repasse de verbas destinadas à educação, o atendimento social às famílias de alunos como o atendimento aos próprios alunos da escola onde atua o diretor e professor Daniel Lefebvre, já não é mais prioridade das políticas públicas e dos Planos de Governo, pois as atenções se voltam para a complexidade de um problema sócio-politico-econômico nacional.

É diante desse quadro que Lefebvre desenvolve suas atividades de gestor. Um gestor que tem diante de si o compromisso social e humanitário com a educação, mas que não conta com recursos financeiros que viabilizem seu trabalho. Sua gestão é marcada por conflitos internos: falta de verba, escassez de merenda escolar, estrutura da escola que necessita de reformas, grande numero de alunos por sala de aula, professores que se esforçam para manter viva a esperança no processo educacional, e por não conseguirem encontrar solução para este problema passam por um alto estado de stress, pais que vêem na escola seu porto seguro e também de seus filhos, etc. Existem também os conflitos externos travados no dia a dia deste gestor com o descaso dos órgãos de atendimento social e com a própria prefeitura local, que não disponibilizam recursos financeiros e nem tempo para ver e ouvir os problemas e as necessidades da escola.

Nesta perspectiva, podemos falar de uma gestão multifacetada, que ao trazer para si a responsabilidade