Comecimento

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INFRAESTRUTURA

A lógica intermodal sai do papel
1a parte
Indústrias de produtos de maior valor agregado começam a utilizar com maior intensidade as ferrovias e a cabotagem nas operações logísticas domésticas.
Uma fase passageira, reflexo da crise que aumentou a disponibilidade de trens e navios para essas cargas, ou uma tendência que veio para ficar?

G

eladeiras, eletrônicos, sabonetes, farinha láctea, cerveja e arroz ensacado. Quem trabalha com logística se acostumou a ver produtos como estes, produzidos e distribuídos nacionalmente, somente no lombo dos caminhões. Um desafio à lógica em um país com dimensões continentais e mais de oito mil km de costa marítima. A aula básica de custo de transportes recomenda que, em distâncias tão grandes, essas mercadorias sejam carregadas em trens ou navios
– mesmo com um tempo de trânsito maior. Mas, para isso, é preciso que esses veículos tenham disponibilidade regular para a atender à indústria.
Durante décadas, a ferrovia e a cabotagem no Brasil, com estruturas ridi38 - Revista Tecnologística - Agosto/2009

culamente mirradas para o tamanho do país, serviram quase que exclusivamente para graneis, em grandes volumes e baixo valor agregado – na maior parte destinados ao mercado externo. Sem alternativa, os fabricantes de produtos de consumo para milhões de brasileiros se viram forçados a pagar mais caro para transportá-los somente em carretas, do
Oiapoque ao Chuí – e por estradas dignas de um campeonato de rali.
Esse quadro começou a mudar nos últimos anos. Desde que a malha ferroviária e os terminais portuários foram privatizados, os investimentos em infraestrutura permitiram que produtos como os citados na abertura deste texto já sejam transportados – ainda que timidamente – em operações intermo-

dais. Finalmente, a lógica começa a prevalecer, com os trens e navios encarregados de levar essas mercadorias das fábricas até os Centros de Distribuição em regiões

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