COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

8362 palavras 34 páginas
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1. Fundamentos históricos

A terapia cognitiva foi desenvolvida na década de 60 por Aaron T. Beck, na Universidade da Pensilvânia. Beck tinha formação psicanalista e nessa época desenvolvia um trabalho com pacientes deprimidos e portadores de transtornos de ansiedade. Insatisfeito com as explicações do psicodinamismo a respeito da depressão, procurou por novas teorias que baseassem a criação de um tratamento mais eficaz para essa perturbação (CARVALHO, 2010). Beck buscou conhecimento teórico na terapia racional-emotiva-comportamental (TREC), do psicólogo americano Albert Ellis (1913-2007), que desenvolveu essa terapia apoiando-se na contribuição fenomenológica sobre o comportamento, do psicólogo austríaco Alfred Adler (1870-1937) e da psicanalista alemã Karen Horney (1885-1952); ambos defendiam que o comportamento seria determinado pela percepção que o indivíduo tem de si mesmo e do mundo como sendo originados das suas idéias. Adler também traz as concepções sobre a importância do sentimento de inferioridade na perturbação emocional, o interesse social sobre a saúde psicológica, a necessidade de metas, o modelo educacional e cognitivo e a demonstração ao vivo, que deveriam compor o plano de tratamento. Aliado a isto, as técnicas para a modificação do comportamento, bem como o uso de tarefas para casa já eram utilizadas por John B. Watson (1878-1958) e Mary Cover Jones (1896-1987), precursores da terapia comportamental (CARVALHO, 2010). Ainda segundo o autor, Ellis acreditava, influenciado pelo filósofo grego Epicteto (55-135), que não eram as coisas que perturbavam os homens, mas sim a opinião que tinham a respeito delas. Também sob a influência de bases humanistas apresentadas pelo filósofo britânico Bertrand Russell (1872-1970) com as quais se identificava, tinha como verdade que os homens deveriam se contentar com o que são e não tentar ser super ou sub-homens. É possível notar as raízes existenciais de sua teoria na

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