Classe, cor e preconceito.

RIBEIRO, Darcy. O PAÍS BRASILEIRO: Formação e sentido do Brasil.( p.208- 241).
Cap. III
3.0 Classe, Cor e Preconceito
3.1 Classe e Poder
3.2 Distância Social
3.3 Classe e Raça

Cap. IV
4.0 Assimilação ou Segregação
4.1 Raça e Cor
4.2 Brancos Versus Negros

3.0 Classe, Cor e Preconceito

3.1 Classe e Poder

“...dois corpos conflitantes, mas mutuamente complementares. O patronato de empresários, cujo poder vem da riqueza através da exploração econômica; e o patriciado, cujo mando decorre do desempenho de cargos, tal como general, deputado, o bispo, o líder sindical e tantíssimos outros...”(p. 208)

“Ele emprega os tecnocratas mais competentes e controla a mídia, conformando a opinião pública. Ele elege parlamentares e governantes. Ele manda, enfim, com desfaçatez cada vez mais desabrida...”(p. 208) “Abaixo desses bolsões, formado a linha mais ampla do losango das classes sociais brasileiras, fica a grande massa das classes oprimidas dos chamados marginais, principalmente negros e mulatos, moradores das favelas e periferias da cidade...”(p. 209)

“Seu comando natural são as classes dominantes. Seus setores mais dinâmicos são as classes intermédias. Seu núcleo mais combativo, as classes subalternas. E seu componente majoritário são as classes oprimidas. Geralmente estão resignadas com o seu destino, apesar da miserabilidade em que vivem, e por a sua incapacidade de organizar-se e enfrentar os donos do poder...”(p. 209)

“As classes subalternas são formadas pelos que estão integrados regularmente na vida social, no sistema produtivo e no corpo de consumidores geralmente sindicalizados. Seu pendor é mais para defender o que já têm e obter mais, do que para transformar sociedade. O quarto estrato, formado pelas classes oprimidas, é o dos excluídos da vida social, que lutam por ingressar no sistema de produção e pelo acesso ao mercado...”(p. 210)

“...ontem escravos, hoje subassalariados -em razão do pavor-pânico que infunde a todos a ameaça