Ciências Políticas

É É cada vez mais mais freqüente nos depararmos com a opinião de alguém. Seja em qualquer campo, área profissional, ideológica, religiosa, ou até mesmo na vida particular. Nos dias atuais, com a comunicação em banda larga, é como se não houvesse um ponto limitador. É sempre aquilo: momento ou outro alguém emite sua verdade absoluta e haja ouvidos, olhos e pensamentos para absorver.
De todas, a mais desagradável, digamos assim, é o dito que chega com ufanismo e feito de forma panfletária. Aquela que acusa raivosamente o oponente em cada sílaba sumariamente. E chega sempre, sem exceção, com o tempero de pesadas acusações (sejam procedentes, ou não) atestando culpa, negligência, perversidade e má índole. Tem também a parte dos adjetivos que são sempre chulos e demonstram muita convicção em acusar e pouco entendimento do assunto em questão.
A luta política e ideológica acentua este formato argumentativo no Brasil. A convivência com este tipo de opinião se tornou rotina. As pessoas nem se dão mais por conta. Passa batido, e, por conseguinte, é escutado logo após a reprodução fiel por parte de outra pessoa. É o próprio gerador de opinião emitindo diretamente do formador de opinião, algum sinal de comunicação. O formador de opinião é respeitado, goza de credibilidade, muitas vezes tem regalias e recebe altos salários. Já o gerador de opinião freqüenta residências, bares, igrejas, cultos, estádios de futebol, transporte coletivo, está nas ruas, no ponto de ônibus, nas instituições de ensino e munem com suas transmissões fiéis muitas das transformações sociais. Sejam elas para frente, ou para gigantescos passos para trás.
É muito difícil tal situação mudar. As condições dadas hoje são propícias para se propalar para milhares de pessoas simultaneamente. Na verdade, o universo de pessoas que não se dispõem a buscar a informação, o conhecimento na fonte aumenta a todo dia. É como se o gerador de opinião se apegasse a quem fez tal caminho e logo após, o toma formando sua