Civilização do açúcar

3629 palavras 15 páginas
A economia da colônia nasceu sob o signo do maior lucro possível com o menor investimento. Após o escambo do pau-brasil, surgiu na colônia o desenvolvimento daquilo que Caio Prado Jr. em seu livro Formação do Brasil Contemporâneo (1935) chamou de nosso primeiro "produto rei": a cana-de-açúcar. A monocultura da cana deu-se em regime de latifúndio (grandes propriedades com baixa produtividade). Porém, em algumas regiões as propriedades puderam ser classificadas como plantations (latifúndio, monocultura e escravismo). O auge do chamado ciclo da cana-de-açúcar durou até fins do séc. XVII entrando em declínio devido à concorrência das colônias holandesas nas Antilhas.
A decadência do açúcar e as fabulosas descobertas espanholas no Peru e no México incentivaram os portugueses a buscar outras fontes de riqueza, enfrentando os perigos do “sertão” (toda área muito adentro do território era assim tratada), sendo importantes nesse processo, as expedições bandeirantes, ávidas pelo ouro e pedras preciosas, além de servirem também para o combate às tribos hostis, escravizando os sobreviventes pelo conceito da “guerra justa” ou ainda, a repressão dos quilombos que começaram a se formar com a introdução da escravidão africana, já que os escravos fugitivos tentavam se reorganizar, longe das fazendas, num modo de vida próximo ao que tiveram na África.

A escravidão: do índio ao africano
Com a necessidade de empreender a plantação em larga escala de cana-de-açúcar, os nativos foram sistematicamente escravizados. Porém, não havia consenso entre os portugueses que viviam no Brasil sobre o emprego de trabalhadores compulsórios locais, sendo que a oposição da Igreja era muito forte, já que se interessava pela evangelização dos nativos e o trabalho destes em suas missões espalhadas pela colônia.
A escravidão dos indígenas foi proibida no Brasil, sendo reforçada pela bulaVeritas Ipsa do Papa Paulo III de 1537 que condenava a escravidão dos nativos do Novo Mundo no que foi seguido

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