Citações

Citações Cidade de Deus
Sobre a vida de Zé bonito na página 340
“Barbantinho e Busca-Pé fumavam um baseado à beira do rio, na altura do bosque de Eucaliptos. [...] Busca-Pé sentia o sibilar do vento nas folhas dos eucaliptos [...] (p. 10). Recordou a pêra-uva-maçã, o pique-esconde, o autorama que nunca tivera [...]. Recordou os ensaios do órfão Santa Cecília de seus tempos de escola com alegria, subitamente desfeita, porém, no momento em que as águas do rio revelaram-lhe imagens do tempo em que vendia pão, picolé [...]. Era infeliz e não sabia. Resignava-se em seu silêncio com o fato de o rico ir para o exterior tirar onda, enquanto o pobre vai pra vala, pra cadeia, pra puta que o pariu (p. 11, grifo meu)”
“Busca-Pé chegou em casa com medo do vento, da rua, da chuva, do seu skate, do mais simples objeto, tudo lhe parecia perigoso. Ajoelhou-se diante da cama, jogou a cabeça no colchão, as mãos sobre ela, e numa súplica infinita pediu a Exu que fosse lá avisar Oxalá que um dos seus filhos tinha a sensação de estar desesperado para sempre” (p.13)

“lançar chumbo quente em crânios párvulos, obrigar bala perdida a se achar em corpos inocentes e fazer Zé Bonito correr, com o diabo do seu coração batendo forte, pela rua lá da Frente, levando uma tocha de fogo nas mãos para incendiar a casa do assassino de seu irmão” (p.13)
Intradução admitida por Lins em entrevista, feita a partir de trecho da obra Fogo Morto, de José Lins do Rego. Prática comum na poesia Construtivista, ver poemas e música de Caetano Veloso “Tropicália” no trecho “que tudo o mais vá pro inferno” presente também num poema concreto brasileiro transcrito por Augusto de Campos (?) denominado o sol de Maiakovski e na poesia de Maiakovski

“Os dois filhos dos portugueses tratavam das hortas de Portugal Pequeno nas terras herdadas. Sabiam que aquela região seria destinada à construção de um conjunto habitacional, mas não que as obras estavam para começar em tão pouco tempo. [...]
– Nas terras