Cinema e literatura um discuss o introdut ria sobre narrativa

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
CURSO DE CINEMA

BEATRIZ CRISTINA SILVA

Cinema e literatura: um discussão introdutória sobre narrativa.

Florianópolis,07 de maio de 2015
O seguinte ensaio propõe uma discussão introdutória a cerca de transposição de narrativa literária para narrativa fílmica utilizando como material de estudo a obra literária "Duas Viagens ao Brasil" de Hans Staden, que posteriormente foi utilizada como base de construção cinematográfica por Nelson Pereira dos Santos em sua obra fílmica "Como era gostoso meu Francês”.
Uma produção cinematográfica, ou seja, o produto fílmico dotado de imagens em movimento, tem necessariamente origem em um argumento, um discurso que é desmembrado em roteiro. O roteirista brasileiro Fernando Marés de Souza em seu Manual "Um Documento Chamdo Roteiro", define roteiro como:
(...)“um documento escrito que desenvolve uma história e indica como deve realizar-se uma obra para um meio que transmite mensagens através de som e imagem, como o cinema e a televisão."
Por conter um discurso dramático, roteiro pode ser considerado uma obra literária. Este roteiro tem função base para que o filme “fique de pé” e não é, necessariamente,seguido de forma fiel. Mas como aborda a Jacqueline Brizida Gonçalves em sua dissertação “Hans Staden: As narrativas literária e cinematográfica em contrastes" é “quando um filme traz às telas um história inspirada em um livro que se acirra uma discussão em torno de adaptação e sua fidelidade.”
Adaptar etimologicamente vem de L. ADAPTARE, “ajustar, tornar capaz de”, formada por AD- mais APTARE, “articular, encaixar”, de APTUS, “adequado”, logo, ler um narrativa literária e transpô-la em uma linguagem visual, no caso cinematográfico, requer ajustes. Tal colocação me leva a refletir que toda obra fílmica que tem por base uma narrativa literária tem natureza adaptativa e essa mesma recorre a elementos e aparatos que são por excelência condizente à sua