Ciencias sociais e Saúde na América Latina

As ciências sociais em saúde da América Latina: Uma história singular

Para analisar o desenvolvimento das ciências sociais na América Latina, é preciso entender um pouco de como ocorreu inicialmente a sociologia médica por influência dos EUA e pensadores europeus que foram os antecedentes ao revelarem as condições de vida da população e tomavam determinados termos sociológicos como objetivo de estudo. Assim, tornaram-se pioneiros na abordagem social em relação a saúde. A ausência de uma tradição clássica para esta área das ciências sociais não impediu que os EUA assumissem o primeiro lugar entre as sub especialidades sociológicas. No término da Segunda Guerra, houve uma tentativa de trabalhar de forma mais sistemática à relação saúde-sociedade, tanto para a Europa como para os EUA. Segundo Bloom, a sociologia médica nos EUA teria passado, especialmente nos anos 70, a se preocupar em definir uma identidade voltada para a aplicação distinta daquele presente em suas origens, de caráter mais acadêmico. Para este autor, dos anos 50 e 60, é claramente visível a mudança de uma micro para uma macro espectativa em relação às ciências sociais na sociologia médica.

As ciências sociais na América Latina

Para a América Latina, tanto o projeto das ciências sociais como o da sua extensão à área da saúde apresentam características peculiares que os distanciam do que foi até aqui relatado, embora em um determinado momento de sua história tenham sofrido intensas influências dos EUA. Assim, deve-se lembrar que as ciências sociais, e particularmente a Sociologia, na América Latina, projetam-se entre as décadas de 1930 e 1950, um período onde a maior parte dos países dessa região marca com uma preocupação com a saúde. Na história do pensamento social na América Latina, predominou na fase inicial a influência européia no que se caracterizou como filosofia moral, que seria seguida por “reflexões racionais sobre o