Cidadania

Ao longo da história, a construção da cidadania no Brasil percorreu um longo caminho e com muitas dificuldades. Mesmo com muitos esforços para fazer valer os direitos a cada cidadão brasileiro, ainda é perceptível a incompletude desse processo, já que a maioria da população desconhece seus direitos garantidos por lei. O autor José Murilo de Carvalho1 apresenta em seu texto como a Constituição de 1988 ofereceu uma amplitude aos direitos e representou uma liberdade política que estava em cárcere desde 1960. Entretanto, a instabilidade política democrática não pode ser descartada porque muitos brasileiros não sabem exercer sua plena cidadania.
O ano de 1986 é caracterizado com grande otimismo para a elaboração da nova Constituição, promulgada em 1988, que ampliou a participação eleitoral dos brasileiros, eliminando os obstáculos para os analfabetos, além de ter criado um novo critério para a idade do voto.
O fim do regime militar e o início da redemocratização, não significou uma solução aos problemas de corrupção no Brasil. A persistência dos problemas sociais, na década de 1980, contribuiu para a insatisfação popular e para contê-la, o Estado procurou as soluções por meio de figuras messiânicas. As expectativas populares são foram direcionadas a um líder carismático, apresentado como um messias salvador, desvinculado das velhas práticas políticas de corrupção. O Brasil teve pelo menos três presidentes com traços messiânicos e eleitos pelo voto popular, a saber, Getúlio Vargas, Jânio Quadros e Fernando Collor. Em comum, estes não terminaram o mandato.
Fernando Collor de Melo, conforme está explicitado no documentário2 apresentou muitas propostas. Entre elas estava à redução do papel do Estado, a elimi­nação da inflação e o apoio às empresas brasileiras para se tornarem mais eficientes e competitivas perante a concorrência externa. A campanha política de Collor utilizou métodos inovadores de comunicação, construindo uma imagem pública de um campeão da