Chefia nas comunidades promitivas

2240 palavras 9 páginas
Francisco das Chagas dos Santos da Cunha

TRABALHO DE ANTROPOLOGIA JURÍDICA: Fichamento
1- A Questão do Poder nas Sociedades Primitivas
O Que é Sociedade Primitiva? Graças ao papel do Relativismo Cultural que se contrapôs a teoria do Dawinismo cultural, pode-se fazer uma nova leitura das sociedades primitivas. Levadas a sério, pode-se afirmar que as sociedades primitivas são sociedades sem Estado; sociedades que abriram mão, conscientemente, da divisão da sociedade em classe dominadora e classe dominada. São as sociedades cujo corpo não possui órgão separado do poder político. O poder é da comunidade e ela está disposto a exercê-lo de forma a não permitir que surja a figura de um poder separado da comunidade, o que as “civilizações” chamaram de Estado. As sociedades primitivas, portanto, podem ser vistas entre aquelas que não tinham Estado e aquelas que possuíam Estado. Embora, as que possuíam Estado não fossem idênticas entre si, havia um traço comum entre as mesmas: Eram comunidades divididas, com dominadores e dominados. Ao passo que, entre todas as sociedades sem Estado havia também um traço em comum: a Unidade. Eram homogêneas e o poder não está separado da sociedade. A falta de divisão nas sociedades primitivas foi visto pelo pensamento político Ocidental como uma incapacidade de evolução, um estado infantil. Para esses, ter Estado, divisão de classes é a essência da evolução. Foi por isso que os europeus julgaram os índios da América do Sul, como povo que não tinha chefe, onde ninguém mandava e ninguém obedecia; selvagens “sem fé, sem lei e sem rei”.
Qual papel do Chefe nas sociedades Primitivas? Diferentemente do conceito de chefe das sociedades divididas, onde o chefe manda, exerce o poder mediante a força e sanções, nas primitivas, que mantinha a unidade, o chefe era um tipo de funcionário não remunerado que assumia a vontade da sociedade de mostrar-se uma totalidade uma, isto é, o chefe assumia o esforço

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