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1164 palavras 5 páginas
forma de perceção, de testemunhos de livros e de outras pessoas, ou da memória - e tudo aquilo de que tens consciência é inteiramente consistente com a hipótese de que não existe absolutamente nada além do interior da tua mente. É mesmo possível que não tenhas um corpo nem um cérebro - uma vez que as tuas crenças acerca disso vêm unicamente dos dados dos teus sentidos.
Nunca viste o teu cérebro - admites apenas que toda a gente tem um mas, mesmo que o tivesses visto, ou pensado que o tinhas visto, isso teria sido apenas mais uma experiência visual. Talvez tu, o sujeito dessa experiência, sejas a única coisa que existe, e, de qualquer modo, talvez não exista mundo físico - nenhumas estrelas, nenhuma terra, nenhuns corpos humanos. Talvez nem sequer exista qualquer espaço.

A conclusão mais radical a retirar daqui seria a de que a tua mente é a única coisa que existe. Esta posição chama-se solipsismo. E uma posição muito solitária, e não houve muitas pessoas que a sustentassem. Como podes aperceber-te por este comentário, eu próprio não a sustento. Se fosse solipsista, provavelmente, não estar a escrever este livro, uma vez que não acreditaria que existiriam pessoas para o lerem. Por outro lado, talvez o escrevesse para tornar a minha vida interior mais interessante, incluindo, assim, a impressão da aparência do livro publicado, de outras pessoas a lê-lo e a comunicarem-me as suas reações, e assim sucessivamente. Poderia até ter a impressão de receber direitos de autor, se tivesse sorte. Talvez tu sejas um solipsista: nesse caso, considerarás este livro como um produto da tua própria mente, começando a existir na tua experiência à medida que o fores lendo.
Obviamente, nada do que eu possa dizer poderá provar-te que existo realmente, ou que o livro existe enquanto objeto físico. Por outro lado, concluir que és a única coisa que existe é mais do que os dados disponíveis certificam. Não podes saber que não há qualquer mundo fora da tua

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