Cestarias

648 palavras 3 páginas
Introdução
O trançado, originalmente, era feito a partir de um contato muito próximo com a natureza. Desde o simples ato de colher as fibras, respeitando sua lua e sua época correta de colheita, ao uso que era feito do trançado.

Origem e contextualização
No Brasil, o trançado surge em todas as tribos indígenas por sua acessibilidade e abundância de matéria prima. É uma área de grande importância histórica e cultural do nosso país. Ele assume formas que narram as lendas dos nossos mitos originais e contam a história das tribos indígenas. O ato de trançar uma fibra está profundamente ligado à trama do destino e à história dos homens. Quem faz o trançado está, de certa forma, criando uma história.
Para os índios, o fato do trançado estar intrinsecamente ligado à sua utilidade não diminui seu valor simbólico e narrativo. Para eles forma (beleza), utilidade e sacralidade estavam intrinsecamente ligados. O sublime estava muito ligado ao cotidiano. A arte e o artefato, em quase todas as épocas, foram a mesma coisa. A separação entre elas é coisa recente inventada pelo homem branco.
Os objetos produzidos por uma cultura podem falar muito sobre ela. A diferença básica na produção de utilitários dos índios para a nossa é que eles faziam tudo com as próprias mãos. A fibra era colhida, tratada com cinzas, surrada, finamente trançada, ornamentada, sempre fibra por fibra. Cada objeto é feito como único, sendo assim, um objeto que exige um tratamento tão trabalhoso e individual só pode culminar impregnado das mãos de quem o trançou, que por sua vez está impregnado de sua cultura. Numa tribo indígena, a noção de coletividade é muito maior e mais significativa do que a que conhecemos em nossa sociedade. Mesmo por uma forte busca da sobrevivência, o indivíduo só é fraco e impotente, ele só se torna um indivíduo na sua totalidade se estiver intrinsecamente ligado a uma coletividade. O pensamento individual e o pensamento coletivo

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