Centauros
Os centauros (Κένταυροι, Kéntauroi em grego) são seres representados como parcialmente humanos e parcialmente eqüinos. Desde as mais antigas representações gregas, são pintados com um torso humano unido pela cintura à nuca de um cavalo. Às vezes, têm também as orelhas compridas e pontudas e os narizes chatos característicos dos sátiros.
São vistos muitas vezes como seres semi-animalescos, divididos entre uma natureza humana e outra animal. Outras vezes, também são vistos como encarnação da natureza selvagem, como em sua batalha com os lápitas. Entretanto, alguns centauros, como Quíron, fazem o papel de sábios mestres de heróis.
Às vezes, em tempos recentes, os centauros propriamente ditos, com corpo de cavalo, são chamados de hipocentauros para distingui-los de seres com corpo de asno (onocentauros) ou de boi (bucentauros) citados por bestiários medievais e outros seres centauróides inventados em tempos modernos pela literatura de fantasia.
Centauros da Tessália
Segundo seu mito mais conhecido, os centauros eram um povo primitivo que vivia em cavernas nas montanhas, caçava animais selvagens para comer e usava pedras e galhos de árvore como armas. Teriam nascido do estupro da ninfa Néfele (uma das Néfelas) por Íxion, o ímpio rei dos lápitas, povo que os gregos consideravam como inventores da equitação.
Sua prole foi levada ao Monte Pélion, na Tessália, onde as filhas do deus-centauro Quíron os alimentaram e criaram até a idade adulta. Foram então convidados para o casamento com Hipodâmia de seu meio-irmão Pirítoo, filho de Íxion e novo rei dos lápitas, mas se embebedaram e tantaram raptar a noiva e as convidadas.
Na batalha que se seguiu, os centauros foram trucidados, com ajuda do herói Teseu, mas um herói lápita chamado Ceneu, que era invulnerável a armas, foi massacrado por centauros que lhe jogaram rochas e galhos de árvores. Esse embate, conhecido como centauromaquia, foi freqüentemente representado na arte como metáfora para o conflito entre