Caça as Bruxas
Junior dos Santos
Marcelo Rezende
Anderson Nogueira
A Caça Às Bruxas Nos Tempos Modernos
Americana
2013
Contexto histórico A prática de bruxaria, em seus primórdios, era a cura de doenças com uso de ervas e poções. Na idade média a bruxaria já era popularmente conhecida e a igreja recomendava aos cristãos que permanecessem afastados dela, mas ainda não perseguiam quem as praticava. Desde o começo de sua prática havia um paradoxo: o poder de curar também pode ser o de prejudicar as pessoas.
No renascimento, em 1231, a Igreja Católica criou a santa inquisição, qual condenava aqueles que fossem suspeitos de praticar heresia, bruxaria e quaisquer manifestações contrárias ao catolicismo. Nessa época a Igreja começa a perder sua influencia sobre as pessoas, foi um período rodeado de superstições e crenças no sobrenatural e no “tudo é possível”. O Papa João XXII expandiu a inquisição, começou então, a caça as bruxas. A bruxaria foi associada então como apelo aos poderes demoníacos, qual a bruxa, ou em raros casos, o bruxo, procurava atingir seus objetivos através de meios diabólicos e adoração ao diabo.
No início do século XV, na Idade Moderna, a bruxaria atinge seu ápice a ponto dos monges inquisidores Heinrich Kraemer e James Sprenger escreverem, expecificamente em 1469, o mais famoso manual de caça as bruxas, chamado Malleus Maleficarum (Martelo das Feiticeiras). Sua principal base era a biblia que contêm relatos constatando a existencia de bruxas e ordenando sua morte. Surgiu então um dogma, pois a existencia das bruxas era incontestavel, quem negasse estaria colocando em risco sua propria salvação. Neste mesmo manual é explicado o porquê da suposta existência de mais feiticeiras mulheres do que homens, sendo que, de acordo com ele, as mulheres são mais vulneraiveis, principalmente as que não estão sob dominio de um homem, e só utilizam sua virtude espiritual e sensualidade para induzir o homem