Caso Embraer
Em 2010, o tráfego aéreo mundial apresentou um crescimento de 6,4%, de acordo com as estimativas da OACI (Organização da Aviação Civil Internacional), o que confirmou que o mercado de transporte aéreo encontra-se em recuperação após o período de crise em 2008-2009. Como resultado, a indústria poderá obter lucros de até US$ 15,1 bilhões em 2010 de acordo com as estimativas da IATA.
Com a retomada da demanda no mercado de aviação comercial, a Embraer estima um crescimento médio de 4,9% ao ano nos próximos 20 anos, porém em um ambiente de maior competição e menores tarifas devido à mudança do perfil dos passageiros. A Embraer prevê uma demanda global por volta de 6.900 jatos com capacidade de 30 a 120 assentos nos próximos 20 anos, estimativa que gerará negócios da ordem de US$ 200 bilhões.
Os jatos de 30 a 120 assentos se estabelecem como ferramentas essenciais no desenvolvimento da aviação mundial. Contribuem para o aumento da qualidade dos serviços, ajudam o sistema a ser mais eficiente, adequando a oferta com a demanda – tanto nas fases de crescimento quanto nos momentos de crise – e possibilitam a abertura de novas rotas, o que torna o transporte aéreo mais acessível a um maior número de usuários. Além disso, por possuírem tecnologia mais atual, contribuem para diminuir o impacto ao meio ambiente, causado por aeronaves mais antigas e ineficientes.
O segmento de 30 a 60 assentos atingiu seu ciclo de maturidade e se consolida como um importante elemento para os sistemas de alimentação dos voos (hub feed) nos principais aeroportos norte-americanos e europeus. A demanda primária por esse tipo de aeronave deve voltar a se intensificar somente na próxima década, quando se iniciar o seu ciclo natural de substituição. Além disso, as transações de jatos regionais de 50 assentos no mercado de aeronaves usadas se intensificaram devido à sua maior utilização em mercados de aviação regional na Rússia, Comunidade Europeia, México,