Cartão de crédito: silencioso prejuízo ao consumidor e ao lojista

CARTÃO DE CRÉDITO: SILENCIOSO PREJUÍZO AO CONSUMIDOR E AO LOJISTA

Adota-se atualmente, no Brasil, inúmeras formas para o pagamento de produtos adquiridos no mercado de consumo e serviços, podendo ser citado, como exemplo, o cartão (débito e crédito), cheque, bem como a que possui imediata liquidez ao fornecedor, a tradicional moeda corrente, o dinheiro.
Porém, por diversas razões, seja pela maior comodidade, seja pela evolução tecnológica, fomos, aos poucos, impulsionados a utilização de meios que ajudem a alimentar o mercado e, assim, mover a economia, como é o caso dos cartões de crédito. Se bem analisada a questão, há prejuízos com o cartão de crédito que atormentam tanto o fornecedor dos serviços e produtos, quanto o consumidor.
De um lado o fornecedor, compelido a aderir ao uso do cartão de crédito em seu estabelecimento, com o ônus de desembolsar consideráveis quantias na aquisição e aluguel de aparelhos, bem como pagando à administradora percentuais da sua venda à título de taxa de administração, vindo a receber o valor das vendas muitas vezes com atraso, sendo obrigados a abrir contas destinadas a esse recebimento, nas quais há incidência de tarifas de manutenção, tudo com o objetivo de não perder o cliente que já se acostumou com a facilidade da compra e com a disponibilidade de limite para consumir.
De outro lado o consumidor que, pela facilidade de compra e crédito que o cartão oferece, mesmo sem o devido balanço entre suas obrigações e seus vencimentos mensais, compromete sua saúde financeira, vindo a pagar, em muitos casos, somente o mínimo da fatura, fazendo com que seu débito aumente de forma exponencial e, como consequência, perca totalmente o controle de suas dívidas em virtude dos altíssimos juros praticados pelas instituições financeiras. Não por acaso, seu maior atrativo do cartão de crédito é também sua maior armadilha.
Além disso, sabe-se que os comerciantes destinam entre 3,5 a 5% às operadoras de cartão de crédito a cada venda