Carolina Maria De Jesus

Carolina Maria de Jesus: O lixo fabrica uma escritora

Introdução

O pôster apresentado analisa a vida da autora Carolina Maria de Jesus através de matérias da revista O Cruzeiro dos anos 1958, 1959 e 1960. Apesar da falta d'água , fome, péssima condição de moradia e do seu trabalho como catadora de papéis, ela encontrou através a literatura uma forma de ser ouvida. A escritora favelada que tinha tudo para ser mais uma desiludida na área da Literatura, se tornou através do jornalista Audálio Dantas a exceção à regra. Carolina sabia seu potencial, e mostrou que da “reciclagem” do lixo pode extrair as mais preciosas obras:

“Entre os papéis, que apanhava no lixo, sempre encontrava revistas velhas, livros dilacerados. Lia tudo. Um dia, tentou uns versos, achou bom e começou a sua “fase poética”.”
(DANTAS, 1959)

Metodologia

A pesquisa parte do princípio da análise de matérias da revista O Cruzeiro dos anos 1958-1960, levando em consideração o destaque que ela teve nesses anos a nível nacional. As revistas foram acessadas através de microfilmes encontrados na Biblioteca Nacional.

Resultados e discussão

Carolina apareceu em quatro revistas ao longo desses 3 anos pesquisados, foram elas: 20 de junho de 1959, 8 de agosto de 1959, 10 de setembro de 1960 e 17 de dezembro de 1960. Sendo a de agosto de 1959 um comentário de Joaquim dos Santos na seção “Opinião do leitor”. Ela é apresentada sempre como aquela que superou todas as limitações que a rodeavam. O lixo, a pobreza e a fome transformaram-se em versos, histórias, teatro e músicas.

Conclusão

Observa-se então que Carolina começou a ganhar espaço, embora pequeno ainda, nos meios de comunicação. Seu livro mais tarde alcançou pelo menos 50 países.

Referências Bibliográficas
Revistas O Cruzeiro dos anos 1958, 1959 e 1960.