carol trabalho

O documentário tem como cenárias salas de audiências no tribunal de justiça do estado do Rio de Janeiro, a representam um verdadeiro microcosmo, em que envolvidos na persecução criminal em juízo.
Com clareza, a realidade exposta conduz ao sentimento de que o rito processual penal, desde a instrução até a fase executória é fruto de uma aspiração da própria sociedade, que, como veremos ao longo do trabalho o discurso desempenha papel importante, leva a uma situação de exclusão dos menos favorecidos.
Por parte do Ministério Publico, por exemplo, percebe-se um discurso da defesa da sociedade invertido, que buscava protegê-la com mecanismo que cada vez mais empurram os menos favorecidos socialmente ás cadeias superlotadas, sem que suas vozes possam ser ouvidas de forma proposital pelo Estado-Juiz.
A parti da crua realidade exposta, verifica-se que o sistema carcerário nacional privilegia como “hospedes” uma esmagadora população composta por pessoas oriundas das classe sociais baixas, com pouco ou nenhum grau de escolaridade.
No documentário, em que o espaço, as pessoas e sua organização são registrados de maneira sóbria ,evidencia-se que o discurso jurídico de difícil compreensão para os réus e testemunhas ,contribuir para o recrutamento das relações de pode neste universo em que saberes individuais ,sujeitados, são hierarquizados a ponto de sequer serem devidamente ouvidos.
Não foi á toa que a lei N° 11.719/2008 alterou o código de processo penal exatamente para explicitar tal característica: Art.400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizado no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se a tomada de declarações ofendido. Ressalvando o disposto no art.222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, ás acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, acusado. Iniciada na Lei n°9.099/1995, a fim de permitir que ele pudesse dar a sua versão dos fatos ao final ( SANTOS,2009, p.331)
Acontece que a produção do