Carbonatitos

1 INTRODUÇÃO

Os depósitos magmáticos são aqueles que resultam dos processos de cristalização de magmas derivados da crosta terrestre e/ou do manto. Normalmente, os minerais nas rochas ígneas apresentam-se espalhados e em quantidade tão pequena que não chegam a ser economicamente explotáveis. Mas, em algumas situações, alguns processos magmáticos são eficazes o suficiente para concentrar e tornar certos minerais viáveis. Há exceções, naturalmente, nas quais as concentrações não são necessárias e uma simples cristalização promoverá um produto econômico. Esse é o caso, por exemplo, do diamante, onde um simples cristal em centenas de toneladas de rocha pode constituir um depósito mineral magmático. Assim, os depósitos magmáticos podem ser classificados naqueles que resultam de uma simples cristalização de um magma ou de concentração por processos de segregação magmática. As feições texturais e estruturais das rochas (e minérios) formadas refletem a incidência de cada um dos processos envolvidos.
Muitas rochas ígneas são elas mesmas depósitos minerais como, por exemplo, os vários tipos de rochas ígneas que são exploradas como pedras ornamentais e outros derivados para a construção civil. Por outro lado, muitos depósitos minerais possuem afinidades com determinados tipos de rochas ígneas. Constituem exemplos a platina em rochas ultrabásicas, diamante em kimberlitos e lamproitos, cromita em serpentinitos, sulfetos de níquel e cobre em noritos ou gabros, ilmenita e Ti-magnetita em gabros e anortositos e berilo em pegmatitos. No caso dos pegmatitos, estes são considerados produtos de transição entre o estágio magmático e hidrotermal.
Neste trabalho serão abordados os depósitos de carbonatitos que são rochas ígneas, pouco comuns, que contêm mais de 50% de carbonatos. Há cerca de 330 ocorrências conhecidas de carbonatitos em todo o mundo. A maioria são carbonatitos de calcita.
Diante da proposta de pesquisa apresentada serão estudados os principais depósitos