Carandiru
Teoria da Arquitetura VI – Artigo
Metamorfoses Arquitetônicas: a memória intrínseca na criação de uma nova identidade
Ana Claudia Ramos B12 Bruno Santucci B12
Flávia Matsumora B12
Luciana Oki B12
Prof. C.A. Coelho e R.H. Medrano
Maio de 2013
“Onde antes funcionava uma prisão, agora há liberdade de conhecimento das ideias e dos livros”
Jorge Alves para Archdaily Brazil
O tempo passa, as necessidades variam, as pessoas mudam, as atividades se diversificam, os espaços se transformam. Tudo isso só prova a capacidade e a necessidade de adaptação dos usuários frente ao contexto e à função das edificações. Muitas arquiteturas podem ser citadas para exemplificar tais alterações, mas poucas passaram por situações tão drásticas em menos de um século de história como a área do Complexo Penitenciário do Carandiru.
Complexo Penitenciário do Carandiru – foto sem data.
Localizado na Zona Norte de São Paulo, o lote hoje ocupado pelo Parque da Juventude nem parece ter um passado marcante, transparecendo à primeira vista apenas um belo projeto urbanístico de caráter social. À época em que o Complexo foi construído o terreno era afastado do centro e tinha baixos valores imobiliários, sendo ideal para abrigar o novo estabelecimento prisional. Hoje a cidade ocupa a região, a história deixou suas marcas e a necessidade de criar espaços de educação, lazer e cultura culminou com um concurso de reurbanização da área.
Construído pelo engenheiro-arquiteto Samuel das Neves, o Complexo Penitenciário do Carandiru foi inaugurado na década de 1920. Esse projeto foi inspirado na Centre Pénitentiaire Fresnes, na França, e passou pelas mãos de outros arquitetos durante suas ampliações, tais como Giordano Petry e Ramos de Azevedo. Tanto a penitenciária francesa quanto a brasileira, desenvolvem-se no modelo “espinha de peixe”. Quando inaugurado, o Carandiru foi