Capitulo 5

Episódio 5: Seguro como uma casa
O capítulo 5 inicia mostrando que a crise pela qual estamos passando não foi a primeira relacionada à propriedade imobiliária da nossa atualidade. Somente nos últimos 30 anos, houve 2 crises nos EUA e elas mostraram que , como qualquer outro ativo, o valor de uma casa pode subir e despencar como qualquer outro ativo.
O desejo de possuir uma casa foi usado como ferramenta para acalmar os ânimos da população norte-americana revoltosa em decorrência da crise de 29. Antes dos anos 30, pouco mais de 2/5 das famílias do país possuíam suas casas. O New Deal de Franklin Roosevelt inclua um plano para a habitação, cujo ponto principal era facilitar financiamentos, através de prazos mais longos e juros menores. Assim foi construída a democracia da posse do lar na América. Entretanto, nem todos os americanos tinham direito a tais linhas de créditos, principalmente os negros foram deixados de lado – o que culminou com uma das maiores ondas de violência já vistas pela cidade de Detroit em 1967.
Nos anos 70, os custos das construtoras aumentavam com a inflação crescente devido ao excesso de demanda gerado pelas facilidades de concessão de crédito para futuros proprietários. Entretanto, por lei as construtoras não podiam repassar tais aumentos aos seus clientes, o que pressionou o governo a desregulamentar o setor e permitiu aos financiadores aumentarem ainda mais seus lucros. Os depósitos, que eram garantidos pelo governo, permitiram que centenas de instituições de empréstimos forjassem vendas de terrenos e propriedades e garantiram enormes depósitos aos proprietários dessas instituições. O custo dessas manobras fraudulentas foi de US$135 bilhões pagos pelos contribuintes.
“A fonte de recursos mais importante para abrir negócio novo nos Estados Unidos é a hipoteca da casa do empreendedor. Por isso, o financiamento do boom no investimento residencial atingiu um pico, após ascensão durante 50 anos, em 2005. No resto do mundo, também se