Capitulo 4 e 5- sergio buarque

Capítulo 4 – O semeador e o ladrilhador
Comparando a colonização portuguesa com a Espanhola, notam-se algumas distinções como, por exemplo o fato de que na espanhola houve intenso predomínio econômico, militar e político que na portuguesa se mantiveram ausentes.
Os portugueses têm como característica de colônia a de exploração, enquanto os espanhóis ao colonizar apenas faziam de suas novas terras extensões de seus antigos territórios. Os espanhóis tentavam se manter em locais que o clima fosse o mais parecido possível com o do seu país, já os portugueses se mantiveram em locais extremamente tropicais e litorâneos.
As cidades hispano- americanas tinham início na praça maior e se a cidade fosse litorânea a mesma serviria de porto. A praça teria a forma de um quadrado para que os animais, em destaque os cavalos, pudessem livremente nos dias festivos, transitar, correr etc.
Os portugueses pouco adentravam as terras, mas depois de 300 anos houve um fluxo maior de emigrantes para além do litoral por conta do descobrimento do ouro em Minas Gerais.
As construções portuguesas eram extremamente horríveis, pois teriam sido executadas com a menor preocupação possível.

Capítulo 5- O homem cordial
O Brasil teve grande dificuldade de se adaptar ao emprego industrial devido a costumes herdados da época do Brasil colônia e da maneira que era executado o trabalho na zona rural.
Um grande sujeito contribuinte para a civilização brasileira foi o “homem cordial” que a população o rotulava enternecido, pois diziam que este era um homem dominado pelo sentimento ou pelo “coração”. Ele “surgiu” porque tinha muita dificuldade de se desvincular da família, e esta relação tão próxima com a mesma o fazia ser delicado, como por exemplo usar o sufixo “inho” no final de diversas palavras em diversas ocasiões e dando a entender que possuía um grande afeto por todos. Nota-se até os dias atuais a influência do homem cordial na sociedade, pois em relação a família muitos empregados