capitalismo

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É inegável a importância do surgimento das ONGs e do chamado Terceiro Setor como um fenômeno dos anos 90 que remete a novas formas de relação entre os indivíduos seus coletivos e o Estado e a iniciativa privada. Observa-se neste processo o surgimento e a ampliação da participação cidadã e a possibilidade da reconstrução das utopias sociais transformadoras. Ressalta-se a autonomia e a independência do Terceiro Setor em relação aos outros Primeiro e Segundo setores e fala-se, inclusive, do volume financeiro que mobiliza o número de empregos surgidos com as iniciativas advindas deste campo.
No entanto, corre-se o risco de alguns equívocos, se não se situar as características apontadas acima de forma crítica, trazendo alguns elementos que permitam ampliar o panorama descrito. Assim, cabe acentuar que as diretrizes e financiamentos de grande parte das ações e projetos do Terceiro Setor provêm do Estado e/ou das fundações vinculadas às empresas do Segundo Setor. Esse dado por si é bastante questionador da pretensa autonomia e independência do Terceiro Setor em relação aos dois outros setores. Outro aspecto que não deve passar despercebido é que o razoável montante financeiro mobilizado, assim como os empregos gerados pelas atividades do Terceiro Setor, vêm concomitantemente com os recordes de arrecadação pelo Estado e com os significativos aumentos nos excedentes financeiros auferidos pelas grandes empresas, aliados ao substancial aumento de demissões observadas nos dois primeiros setores . Mesmo a proliferação de ONGs, cujo número não para de crescer, não tem resultado em melhoria das condições de vida da população em geral. Pelo contrário, o cenário das ruas das grandes cidades do Brasil atesta a fragilidade do impacto de projetos desenvolvidos dentro da cultura do Terceiro Setor.
Ao não levar em conta os aspectos levantados acima, entre outros, o profissional do Terceiro Setor, vive uma dissociação entre os ideais que permeiam o seu trabalho, e o resultado prático

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