Capitalismo globalizado e recursos territoriais

Capitalismo globalizado e recursos territoriais
Estão na ordem do dia das agências multilaterais-Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, Organização Mundial do Comércio. Na crise do setor de alimentos, elas tem sido anunciadas com alarde e como uma medida salvacionista para resolver todos os problemas de abastecimentos de gêneros alimentícios. Abrange tantos estudos de projeção, que tratam das oscilações de mercado e suas tendências. Elas compõe uma complexa coalizão de interesses. Agrupa figuras da mídia, como: Jornalistas, editorialistas e comentadores regionais. Que escrevem, escandindo os efeitos da estrutura fundiária. Exaltam as possibilidades do mercado de commodities e relativizando os efeitos das mudanças climáticas. Agrupam também professores universitários, economistas e grandes empreendedores pressionando as decisões políticas. As agroestratégias orientam também iniciativas localizadas de implementação de empreendimentos agroindustriais. Tais empreendimentos podem ser caracterizados por inovação tecnológica, pela grande extensão de área produtiva. Caracteriza ainda, por desconsiderar a lógica dos recursos naturais, seja pela “Agricultura Familiar”, ou por povos e comunidades que tradicionalmente ocupam as terras.
Os povos e comunidades tradicionais, apresentam uma consciência de si como grupo distinto, com identidade coletiva própria. Assim, não se reduzem à ocupação econômica ou à relação com os meios de produção. A chamada “crise alimentar” é formulada por duas contradições: A primeira é oposição entre mercado de commodities e mercado segmentado, que buscam usurpar os direitos territoriais de povos e comunidades tradicionais, apossando-se de suas terras. E a segunda é a oposição entre a produção de biocombustível e a produção de alimentos. Segundo o presidente do Banco Mundial declarou que é preciso reconhecer que o aumento da demanda em biocombustíveis tem um impacto em todos os preços de produtos alimentícios representando um grave perigo