Cap 1

Cap I - Conceito de imagem

A palavra imagem traz em sua carga semântica infinitas definições, mas algumas prevalecem para abordarmos neste projeto. Podemos dizer que o termo “imagem” serve para designar algo que usa características visuais, mas ás vezes, foge ao visível e se mantém no viés do imaginário.
Há duas áreas de compreensão no que diz respeito a interceptação imagéticas. Uma que trata das imagens visuais e outra que aborda as imagens mentais, intangíveis. Essas duas esferas estão ligadas entre si desde sua origem e são totalmente dependentes uma da outra, ou seja, elas coexistem. E o que os tornam unidos está intrinsicamente ligado aos conceitos da semiótica de signo e representação.
Para Pierce, a definição que conhecemos de imagem corresponde somente aos ícones visuais. Porém a imagem não corresponde ao ícone como um todo, mas equivale a um signo icônico.

1.1 A Imagem fotográfica

Quando se fala em fotografia, pensamos na origem da palavra. Que nada mais é que a escrita com a luz. Um registro para ser arquivado que é grafado usando pulsos de onda eletromagnética em um determinado tipo de papel.
O simbolismo da imagem pode ser registrado através de uma representação visual. A imagem fotográfica é uma cópia fiel da realidade, porém essa cópia é determinada pela visão de quem produz e de quem a recebe.
Sugere-se então, que a imagem fotográfica tem um certo grau iluditório, fantasioso e tendencioso. Pois o que a câmera capta e transmite são as intenções do fotógrafo.
Tanto o produtor (fotógrafo), quanto o receptor, sempre sofrerão influências externas para produzir e interpretar a imagem fotográfica. O que foi vivido no passado por esses indivíduos leva uma carga emocional e interpretativa ao analisar/produzir a fotografia. Ou seja, a maneira como um indivíduo vê um frame (quadro) não é a mesma que outro indivíduo com experiências de vida diferente.
A “realidade” que o emissor da foto quis revelar ao transmitir uma determinada imagem, pode ser alterada