cancer
Os efeitos tardios do tratamento
Os efeitos tardios do tratamento podem se manifestar mais precocemente ou a longo prazo, dependendo do tratamento utilizado e da idade da criança ao ser exposta ao tratamento. Por exemplo, muitos dos efeitos ligados à radioterapia tais como os endocrinológicos (crescimento, hipotiroidismo, entre outros), podem não ser manifestados nos primeiros anos após o término do tratamento. Alguns efeitos provocados pela quimioterapia podem também se manifestar mais tardiamente como por exemplo insuficiência renal, cardiomiopatia, perda de audição, etc. (Tabelas 1,2 e 3).
SEGUNDA NEOPLASIA
Indivíduos com história de câncer na infância apresentam 10 a 20 vezes maior risco de desenvolver um segundo câncer em relação à população normal. O tempo de aparecimento deste segundo câncer não está bem definido, mas 3 a 12 % das crianças desenvolvem nos primeiros 20 anos. Esta variação difere de acordo com a idade, tipo de tratamento proposto no primeiro câncer, diagnóstico do primeiro câncer, condições genéticas propícias para o aparecimento e outros. Pacientes conhecidos como de maior risco são os portadores de: doença de Hodgkin, mieloma múltiplo, câncer de ovário, retinoblastoma, tumor de Wilms com historia genética, pacientes expostos à radioterapia e agentes alquilantes, pacientes portadores de xeroderma pigmentoso, pacientes com doença de Von Reicklinghausen, com síndrome de Klinefelter, etc.
Nos últimos anos, os pacientes com doença de Hodgkin têm sido os que mais desenvolvem segundo tumor, sejam com doenças hematológicas ou não-hematológicas. Leucemias não-linfocíticas agudas (também chamadas de leucemias