Can O De Prata Os Dois Planos

Canção De Prata

Prólogo
Erin
Chovia.
Não era uma chuva comum. Ali não costumava chover. Era uma região conhecida pela seca. As árvores estavam secas, sem folhas e com seus galhos retorcidos. A vida ali praticamente não existia, com exceção de algumas espécies de insetos e os monstros. Claro, os monstros. Seu número havia aumentado recentemente e continuava aumentando, e a área estava infestada deles. Os tempos eram difíceis ali. Muitos viajantes perderam suas vidas tentando atravessar aquelas terras. E ali estava ela, junto com seu grupo.
Erin Valliérre não estava assustada, ao contrário de boa parte de sus companheiros. Entretanto algo a incomodava, e ela não fazia ideia de que. Sentia uma energia pesada, como se existisse algo ali que não devia existir.
Todd ordenou que todos se abrigassem naquela caverna, não por causa da chuva, mas para traçar uma estratégia. Erin era a mais jovem do grupo, mas sabia da competência de seu comandante.
Ele a havia indicado pessoalmente para participar da operação, mesmo ela ainda estando em treinamento. Alguns de seus companheiros não aceitavam a ideia de uma simples menina fazer parte deles tão nova, e pior, com tanta facilidade.
-Ela é capaz e já está pronta. - Havia dito Todd. Ninguém ousou contrariá-lo, mas Erin sabia e via no olhar de cada um deles que não estavam nem um pouco satisfeitos com a situação.
Imaginava como seria sua primeira missão. Como todo jovem aprendiz, Erin sonhava em realizar grandes feitos. Queria impressionar. Precisava. Havia grandes expectativas e boatos sobre si, ela sabia, e isso agradava ao mesmo tempo que a pressionava. Algo a incomodava.
- Você está nervosa? - Ouviu a voz de seu comandante e se desligou de seus pensamentos.
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Canção De Prata
- Não diria nervosa, e sim um pouco ansiosa. - Respondeu.
- Não se preocupe, a manterei por perto. Prometi a Castiel que cuidaria de você e não costumo quebrar minha promessas.
Aliás, se você voltar com um arranhão sequer ele é capaz de me matar. - Sorriu.